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CEP, o que é e qual a sua importância para o meu processo.

Em um mundo globalizado a busca pela melhoria de produtos e processos é imperativo para a sobrevivência das empresas. A competitividade está diretamente ligada a produtividade e a confiabilidade dos produtos e processos.

Algumas ferramentas podem ser utilizadas na busca pela melhoria de processos e resultados. O Controle Estatístico de Processo se destaca como uma ferramenta que auxilia na melhoria e possibilita entender o comportamento do processo, ou seja, a voz do processo.

Conhecer a variabilidade e a o localização do processo é fundamental para entender as causas de variação e identificar as ações assertivas que realmente provocaram melhorias nos resultados de produtos e processos. A possibilidade de ações preventivas assertivas depende do know-how do processo.

 

A busca pela melhoria contínua

Um dos conceitos mais importantes na busca pela melhoria contínua é o da função perda de Taguchi. Devemos buscar que nosso processo sempre trabalhe no alvo com a mínima variação possível, qualquer resultado fora do valor alvo apresenta uma perda que aumenta quadraticamente com a distância em relação ao valor alvo.

Na prática é impossível um processo não ter variação e muito dificilmente a média será o valor alvo do processo.  Por exemplo, queremos fabricar café e vender em pacotes de 500g ± 2g, o valor alvo é 500g. Uma máquina que apresenta variação para cada pacote e uma balança que também apresenta variação devido à repetibilidade e reprodutibilidades são utilizadas nesse processo, desse modo o processo na prática não está no valor alvo e tem uma variação maior que zero.

A busca pela melhoria contínua

Um dos conceitos mais importantes abordados pelo CEP é a voz do processo. A voz do processo representa o conhecimento sobre as estatísticas do processo e suas interpretações na busca por conhecer o comportamento do processo. O olhar está no processo e não no produto, reduzindo impacto com retrabalhos.

A voz do cliente representa os requisitos para a qualidade do produto, esses requisitos são entendidos como tolerâncias de processos que caracterizam a qualidade do produto. Por exemplo: a dimensão de uma peça, a faixa de temperatura para armazenamento ou ensaios, o índice de ph de uma bebida, a massa de um produto, a pressão em uma tubulação ou processo industrial, etc. A figura 1 apresenta uma representação do conceito de voz do processo e voz do cliente.

Figura 1 – Voz do cliente e voz do processo – Fonte: Adaptado de Manual do CEP – IQA

 

As causas de variação

O controle estatístico de processos separa as fontes de variação de um processo em devido a causas comuns e causas especiais. Um processo sem fontes de variação de causas especiais é considerado como estável e pode ter sua capabilidade e desempenho avaliado. A figura 2 apresenta um processo com e sem a presença de causas especiais.

A avaliação dos indicadores de capabilidade e desempenho, associado às informações gráficas das cartas de controle e o registro de eventos são ferramentas poderosas na análise de processos e na busca pela melhoria contínua. Uma abordagem sistemática e com ferramentas estatísticas adequadas aliadas ao conhecimento dos envolvidos com o processo produz ações mais assertivas e resultados melhores.

O controle de processo

O principal objetivo de um sistema de controle de processo é ter a capacidade de inferir sobre o comportamento do processo, fazer previsões sobre o estado atual e futuro do processo. A possibilidade e agir preventivamente levam a decisões economicamente mais sólidas sobre as ações que afetam o processo.

O sistema de controle tem um sinal estatístico que indica quando um processo está fora de controle e permite agir nesse problema no processo e não no produto. O CEP apresenta em sua abordagem de controle o estabelecimento dos limites de controle na faixa ± 3 desvios padrões em relação a média do processo. A figura 3 apresenta um exemplo de gráficos de média e amplitude com um ponto fora de controle.

Figura 3 – Gráfico de média e amplitude com um ponto fora de controle na média (1) – Fonte: Portal Action
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Referências

[1]  Instituto da Qualidade Automotiva (IQA) – Manual de referência – Controle Estatístico do Processo. 2005.

[2]  Montgomery, Douglas C. – Introduction to Statistical Quality Control. 2009.

[3]  Kunzmann, H. Pfeifer, T. – Productive Metrology: Adding Value to Manufacture. 2005.

[4]  Albertazzi, A. G. Souza, A. – Fundamentos de metrologia de metrologia científica e industrial. 2017.

[5]  Portal Action – www.portalaction.com.br

[8]  Weckenmann, A. Rinnagl, M. Acceptance of processes: do we need decision rules? Precision Engineering. Technical Note. 2000.

[9]  Hamburg-Piekar, D. Donatelli, G. D. Schneider, C. A. Setting the process aim: the effect of measurement uncertainty. XVII IMEKO. 2003

[10] Stein, P. Statistical issues in measurement. ASQ Statistics Division. Special Publication. 2002