Para utilizar efetivamente dados de medição em um controle de processo, precisamos entender o conceito de variabilidade e como isso afeta a qualidade e os resultados. Dois produtos ou características de qualidade nunca são ou serão exatamente iguais, qualquer processo contém fontes que geram a variabilidade. As diferenças entre produtos podem ser grandes, ou elas podem ser imensamente pequenas, mas elas estão sempre presentes.
Alguns exemplos de fontes de variação que podem ocorrer em um processo são: variação da máquina, variação do operador, variação da ferramenta, problemas de manutenção, variação das condições ambientais e variações do sistema de medição.
Algumas fontes de variação no processo causam a curto prazo, diferenças peça a peça por exemplo, como folgas ou falhas entre máquinas. Outras fontes de variação tendem a causar mudanças no resultado somente após um longo período de tempo. Estas variações podem ocorrer gradualmente, como desgaste de ferramentas e maquinários e mudanças de procedimentos.
Portanto, o intervalo de tempo e as condições sobre as quais as medidas são feitas são críticos pois influenciam na percepção da variação. Enquanto valores tomados individualmente podem ser todos distintos, como grupo eles tendem a formar um padrão que podem ser descritos como uma distribuição, caracterizada pelos fatores de Localização (valor típico ou central), Dispersão (abrangência ou extensão de valores do menor ao maior) e Forma ( o padrão de variação, se simétrica, oblíqua, etc). Para gerenciar qualquer processo, reduzir suas variações e melhorar o resultados, é necessário voltar até suas fontes de variabilidade e entender como elas funcionam. O primeiro passo para buscar esse entendimento é fazer a distinção entre “causas comuns” e “causas especiais” de variação.
Um processo com variações devido a causas especiais é instável e não é possível ter previsibilidade de resultados e da variabilidade. Um processo com variações somente de causas comuns é estável e previsível.
Causas comuns
As variações de causas comuns referem-se a muitas fontes que agem de forma consistente no processo e são comuns a ele (desgaste, variações ambientais, etc). As causas comuns de um processo geram uma distribuição estável ao longo do tempo, ou seja, o processo está “sob controle estatístico”.
A presença de somente causas comuns resultam em um sistema estável onde é possível ter uma previsão dos resultados. Para implementarmos melhorias nos processos com a presença de somente causas comuns é necessário realizar as ações sobre o sistema, ou seja, as ações devem ser analisadas e realizadas pelos gestores e não pela operação.
Causas especiais
As variações devido a causas especiais referem-se quaisquer fatores causadores de variação que afetam parte do resultado do processo e não são comum a este. (matéria prima ruim, um erro no setup da máquina, uma medição errada, etc).
Quase sempre elas são intermitentes ou imprevisíveis. A menos que todas as causas especiais sejam identificadas e tomadas as devidas providências, elas podem continuar a afetar o resultado do processo de maneira imprevisível.
Se causa especiais estão presentes, o resultado do processo não será estável ao longo do tempo. A ocorrência de causas especiais pode gerar mudanças negativas ou positivas, caso negativas as mesmas devem ser entendidas e eliminadas, no caso de positivas as mesmas devem ser entendidas e transformadas e parte permanente do processo.
Para tratativas destas causa especiais, ações locais são necessárias feitas pelas pessoas envolvidas diretamente na operação, muitas vezes não sendo necessário o envolvimento de gestores.
Exemplos de variações
Para entendermos melhor esse conceito de causas comuns e causas especiais vamos considerar alguns exemplos, conforme tabela abaixo: processo de monitoramento da temperatura em uma estufa e um processo de acompanhamento de reclamações.
O problema para a qualidade
Quando não entendemos as variações em um processo, seja devido a causas comuns ou a causas especiais, temos um GRAVE problema para a Qualidade e conformidade dos resultados.
O entendimento e atendimento da qualidade e alcance dos resultados planejados é dependente da compreensão da variabilidade do processo. Ferramentas como o CEP – Controle Estatístico do Processo, Cartas de Controle, Histograma, entre outros, são exemplos de caminhos que podemos buscar para CONHECER a variabilidade dos processo.
No artigo CEP, o que é e qual a sua importância para o meu processo apresentamos conceitos e como utilizar o controle estatístico de processo. A busca pela QUALIDADE é uma tarefa árdua que pode ser facilitada quando entendemos com os coisas estão REALMENTE funcionando.
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Conhecimento metrológico e suas aplicações são fundamentais para a busca da melhoria contínua e para garantir uma boa produtividade e ações assertivas.
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[1] Manual IQA – Controle Estatístico de Processo 2°Edição (CEP)
[2] Site: Porta Action
[3] Site: Blog da Qualidade
A importância da metrologia na qualidade