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4 principais erros na Qualificação térmica de equipamentos e como evitá-los

Quando falamos em  qualificação térmica de equipamentos, especialmente em indústrias reguladas como a farmacêutica, cosmética e alimentícia, cada etapa do processo é crítica para garantir a segurança e a eficácia dos produtos. Dentre essas etapas, os ensaios térmicos – como a qualificação térmica de autoclaves, estufas, câmaras frias e refrigeradores – desempenham um papel vital.

Entretanto, erros na execução desses ensaios ou a sua completa ausência podem comprometer toda a cadeia de qualidade. Neste artigo, listamos os principais erros cometidos durante a qualificação térmica de equipamentos e como evitá-los.

1. Não Realizar Ensaios Térmicos Necessários

Um dos erros mais graves é simplesmente não realizar os ensaios térmicos obrigatórios. Muitas vezes, por falta de conhecimento ou para reduzir custos, empresas negligenciam essas validações, acreditando que o funcionamento aparente do equipamento já é suficiente.

Consequência:

  • Riscos de não conformidade em auditorias (ANVISA, FDA, ISO).
  • Comprometimento da estabilidade e eficácia dos produtos armazenados ou processados.
  • Possíveis falhas em controle de temperatura, que podem passar despercebidas até a ocorrência de um problema maior. 

Como evitar:

  • Tenha um plano de qualificação documentado, baseado em normas reconhecidas (como a ISO 14644, FDA 21 CFR Part 11, ANVISA RDCs aplicáveis).
  • Desenvolva e treine sua equipe nos documentos de gestão como protocolos e procedimentos operacionais padrão 
  • Estabeleça uma rotina periódica para ensaios térmicos (qualificação de desempenho – PQ).

 

2. Realizar Ensaios de Forma Incorreta

Outro erro comum é executar os ensaios térmicos de maneira inadequada, seja por métodos incorretos, instrumentação inadequada ou análise de dados ineficientes.

Erros frequentes incluem:

  • Posicionar sensores de temperatura de maneira incorreta (não cobrindo os pontos críticos de frio e calor).
  • Utilizar instrumentos de medição descalibrados ou fora da validade de calibração.
  • Não respeitar o tempo de estabilização térmica antes das medições.
  • Relatórios de qualificação incompletos ou inconsistentes. 

Consequência:

  • Dados não confiáveis que invalidam a qualificação.
  • Sensação falsa de conformidade.
  • Riscos para a qualidade do produto final. 

Como evitar:

  • Utilize equipamentos de medição certificados e calibrados.
  • Siga protocolos padronizados (ex.: mapeamento térmico com análise estatística dos dados).
  • Capacite a equipe técnica regularmente sobre boas práticas de qualificação.
  • Implemente revisões críticas dos relatórios gerados. 

3. Falta de Requalificações Periódicas

A qualificação não é um evento único! Mudanças estruturais, manutenção corretiva ou o simples passar do tempo exigem requalificações para garantir que o equipamento continue operando dentro dos parâmetros especificados.

Como evitar:

  • Estabeleça um cronograma de requalificação periódica.
  • Realize requalificações após mudanças significativas no equipamento ou no processo.
  • Tenha registros históricos organizados para rastreabilidade. 

4. Não realizar o monitoramento

Por fim, apenas ter o equipamento qualificado não garante que seu processo esteja validado. Conforme as legislações, a etapa de monitoramento e verificação contínua é tão importante quanto os processos de qualificação.

Para garantir boas práticas no armazenamento e distribuição, ter procedimentos eficazes e bem gerenciados de monitoramento de temperatura e manutenção, os registros de temperatura realizados através de instrumentos calibrados são cruciais

As temperaturas às quais os produtos são expostos devem ser monitoradas, registradas e reportadas ao longo de toda a cadeia de suprimentos, e o armazenamento é parte essencial deste processo. Ao realizar o monitoramento, é possível também detectar falhas nos equipamentos da cadeia de frio e outros problemas operacionais para que possam ser corrigidos.

Consequência:

  • Dados não confiáveis do armazenamento de produtos; 
  • Excursões não identificadas; 
  • Riscos para a qualidade do produto final. 

Como evitar:

  • Possuir um instrumento de medição calibrado que possa ser utilizado nas rotinas de  monitoramento;
  • Realizar uma análise crítica dos dados de monitoramento periodicamente; 
  • Estipular ações de resposta quando os níveis de monitoramento se tornarem críticos e oferecerem riscos ao produto armazenado.
Conclusão

A qualificação térmica de equipamentos é um pilar para garantir a qualidade e a segurança dos produtos finais. Ignorar ensaios, realizar testes de forma inadequada ou negligenciar requalificações pode colocar em risco todo o sistema de qualidade da empresa.

Investir em uma qualificação correta e contínua é investir na credibilidade, na eficiência operacional e, principalmente, na confiança dos seus clientes e órgãos reguladores.

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  3. No Blog: O que são ensaios térmicos para qualificação de equipamentos?

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